O processo embrionário de um seminarista

Graças a Deus podemos observar em nossos dias um avanço por parte de muitos cristãos pelo desejo de cursarem uma faculdade teológica, coisa que no século passado e até mesmo hoje é algo de um teor extremamente abominável aos ouvidos de uma multidão de evangélicos, que na maioria das vezes tratam tais estudantes de forma inquisitória, lançando-os na fogueira do desprezo e das famosas piadinhas sem graça tais como: ”teologia é pra cru, o negócio mesmo é joelhologia”, “pra que estudar? não necessitamos de que ninguém nos ensine, a unção do Espírito nos ensina tudo”, “são o sabe tudo e querem ser melhores que os outros”, com certeza eu e você por vezes ouvimos alguém testemunhar para nós que foi alvo de tais ataques, ou ainda para não ir muito longe,  já fomos atingidos por essas bombas.É um absurdo sermos  espectadores de tão grande desprezo, ignorância  e falta de amor pelas sagradas escrituras, que esses inquisidores tem demonstrado, para com os estudos e estudantes em pleno século XXI, desconhecendo a importância dos estudos e desenvolvimentos teológicos no decorrer da história da igreja. Seríamos negligentes e irresponsáveis se fechássemos os olhos para uma verdade tão forte e intensa que permeia a história da igreja que é feita de altos e baixos, e que por se só podemos ouvir o eco de grandes vozes que como leões bramaram contra as diversas seitas e heresias que se ergueram em nome de Deus com o intuito de macularem o Bendito Evangelho de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. È, realmente é triste ter que ver tanto desprezo por algo tão prazeroso como estudar a palavra do Senhor, mas em compensação posso me alegrar em meditar na vida de um seminarista e compará-lo a um embrião que se desenvolve no útero de uma mulher desde sua trajetória para chegar até ao óvulo, sua luta para fecundá-lo e até o momento final em que estará pronto para romper a bolsa que o envolveu por nove meses que lhe serviu de abrigo bem como lugar de proteção do que poderia lhe causar dano, assim sendo o seminarista é um embrião. È alguém que antes de entrar em um seminário terá primeiro que enfrentar milhares de críticas e conselhos desanimadores e mentirosos em relação à teologia, até conseguir chegar ao seu destino, chegando à conclusão de que irá se matricular em um seminário. E que ao tomar tal atitude irá encarar a dura tarefa de entrar em um seminário (conseguir se manter financeiramente, bem como, conciliar outras atividades com seus estudos acadêmicos),após ter ingressado em seu curso de bacharelado teológico passará agora a receber os nutrientes necessários para seu desenvolvimento dentro do ventre materno  envolvido em sua bolsa (conhecendo as vertentes teológicas e analisando-as todas a luz da bíblia sempre levando em consideração o credo professo de sua congregação), e os meses se passam (os anos vão se passando e o embrião agora é feto, ou, o seminarista agora já avançou em sua busca por um pouco de conhecimento bíblico neste oceano de profundidade sem fim),e agora aproxima-se a hora de romper a bolsa que o envolve, e forçar a sua mãe(congregação) a ajudá-lo a ver o mundo teológico não a partir dos sentidos maternos, mas agora serão os seus próprios olhos que passaram a ver as coisas e a identificá-las, as fitará com uma perspectiva crítica, admiradora e curiosa.Já nascida a criança(concluído o seminário logo o autêntico e verdadeiro teólogo terá aprendido que, ainda falta uma longa e distante caminhada em rumo ao amadurecimento teológico, e tal amadurecimento jamais virá para ele sem antes aprender a andar,cair e se levantar de novo , e prosseguir caminhando e sendo alimentado bem para que possa ter um ótimo desenvolvimento na vida cristã.)